Era uma vez, em uma vila escondida entre as montanhas e florestas, uma jovem bruxinha chamada Luna. Apesar de usar um chapéu pontudo e passar seus dias cercada de livros antigos e caldeirões fumegantes, Luna era uma bruxinha do bem. Ela adorava aprender sobre poções e feitiços, mas seu objetivo era ajudar a todos da vila com sua magia.
Certa noite, enquanto a lua cheia iluminava o céu e morcegos voavam do lado de fora, Luna se debruçou sobre um antigo livro de feitiços que havia encontrado no sótão. Era um livro especial, e seus olhos brilharam ao abrir uma página que falava sobre o “Feitiço da Amizade Eterna”. Este feitiço, segundo o livro, tinha o poder de unir pessoas e espalhar alegria, mas nunca havia sido usado, pois era um feitiço complexo e exigia uma grande pureza de coração.
Luna decidiu que tentaria realizar o feitiço, pois sabia que, apesar das pessoas da vila serem amigáveis, às vezes havia pequenas brigas e desentendimentos que deixavam alguns tristes. Com o coração cheio de esperança, ela preparou todos os ingredientes indicados: uma pétala de rosa da meia-noite, uma lágrima de felicidade e o pó de uma estrela cadente.
No entanto, havia um detalhe importante no feitiço: ele só funcionaria se a pessoa que o fizesse realmente acreditasse na bondade das pessoas e no poder da amizade. Luna fechou os olhos, acreditando com todas as forças no amor e na amizade, e pronunciou as palavras mágicas.
No instante seguinte, um brilho suave envolveu sua pequena casa, espalhando-se por toda a vila. Na manhã seguinte, as pessoas acordaram se sentindo mais leves e alegres. Pequenos mal-entendidos foram esquecidos, e os vizinhos começaram a ajudar uns aos outros com entusiasmo renovado.
Luna ficou feliz ao ver o efeito do feitiço, mas manteve em segredo que fora ela quem o lançara. Para ela, o mais importante era ver as pessoas felizes e unidas. Desde então, Luna continuou a estudar e criar feitiços que ajudavam a espalhar o bem pela vila, sempre na companhia de seus livros e de seu caldeirão, e com a certeza de que, mesmo em silêncio, ela fazia a diferença na vida das pessoas.
E, até hoje, dizem que nas noites de lua cheia, uma luz suave brilha da casa de Luna, espalhando paz e alegria para todos ao redor.